ACCRA, GANA
19 de Setembro de 2022
O Crime Organizado: Resposta da África Ocidental ao Projecto de Segurança Cibernética e Cibercrime (OCWAR-C), em colaboração com a Comissão da CEDEAO e a União Europeia, entregou oficialmente na segunda-feira ao Gana o equipamento forense digital.
As tecnologias de informação e comunicação revolucionaram o mundo ao permitir a automatização de tarefas. As tecnologias de informação e comunicação são agora essenciais para o desenvolvimento sustentável, criando muitas oportunidades socioeconómicas. Contudo, criaram também novos desafios, nomeadamente relacionados com a sua má utilização para fins criminosos. De acordo com vários estudos, cada ano o cibercrime custa à economia mundial várias centenas de milhar de milhões de francos CFA.
A fim de dar uma resposta adequada ao forte crescimento do cibercrime na sua área e apoiar os seus países membros, a Comissão da CEDEAO iniciou o projecto “Crime Organizado: Resposta da África Ocidental sobre Cibersegurança e Luta contra o Cibercrime” (OCWAR-C), que visa contribuir para o reforço da cibersegurança e da luta contra o cibercrime na África Ocidental.
Totalmente financiado pela União Europeia com quase 4,9 mil milhões de francos CFA, OCWAR-C visa, entre outras coisas, a criação ou renovação de laboratórios nacionais de investigação digital.
O Gana, um dos países beneficiários do projecto, melhorou notavelmente o seu mecanismo de ciber-segurança e anti-crime em todos os aspectos institucionais, jurídicos e humanos. O Gana tem agora uma Equipa Nacional de Resposta a Incidentes de Segurança Informática (CSIRT) e um quadro legislativo e regulamentar para reforçar a segurança cibernética de serviços e infra-estruturas críticas.
A fim de reforçar a capacidade da sua unidade especializada encarregada do combate ao cibercrime, o Gana é o beneficiário de um lote de equipamento específico para o seu Laboratório de Investigação Digital.
OCWAR-C e a agência de cooperação técnica internacional responsável pela sua implementação, Expertise France, estão a trabalhar em estreita colaboração com a Comissão da CEDEAO e os vários actores ganeses envolvidos no terreno (Ministérios responsáveis pela economia digital, segurança e protecção civil, justiça, bem como agências nacionais).